Os benefícios não pecuniários de frequentar a faculdade, como os efeitos pecuniários, estão ligados a características pessoais, como antecedentes familiares. Qualquer estudo convincente deve isolar apenas o efeito da escolaridade. Uma segunda complicação, específica da análise dos efeitos não pecuniários, é que mais escolaridade tende a gerar maior renda, o que por si só afeta certos aspectos do estilo de vida dos indivíduos. Isolar o efeito da escolaridade requer separar a escolaridade de quaisquer efeitos decorrentes da renda mais alta trazida por mais escolaridade. Um estudo de 2011 usou duas estratégias para capturar os efeitos causais da escolaridade sobre os resultados não pecuniários.
O primeiro usou dados administrativos noruegueses ricos para comparar resultados de vida entre irmãos com diferentes níveis de escolaridade. Essa abordagem ajudou a controlar as diferenças de antecedentes familiares e, na medida em que as razões subjacentes aos diferentes níveis de escolaridade dos irmãos não estão relacionadas com os resultados socioeconômicos posteriores, fornece uma estratégia de estimativa útil.
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Mesmo depois de controlar a renda, o estudo descobriu que irmãos com uma média de um ano a mais de escolaridade casaram-se com cônjuges com mais escolaridade, eram menos propensos a se divorciar ou receber pagamentos por incapacidade de saúde e eram menos propensos a ter um filho adolescente.
A segunda estratégia utilizou um experimento natural envolvendo mudanças nas leis de escolaridade obrigatória em todos os estados. Como os indivíduos não têm controle sobre quanto tempo são legalmente obrigados a permanecer na escola, qualquer variação na escolaridade causada por mudanças na escolaridade obrigatória provavelmente não está relacionada às características individuais não observadas.